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CP 01 - Generalizar e justificar em geometria, que papel para o raciocínio espacial?

Quinta-feira, 11 de julho, 10 h - 11 h

Ginásio

GERAL

 

 

Lina Brunheira, Escola Superior de Educação de Lisboa

lbrunheira@eselx.ipl.pt

Resumo

 

O raciocínio espacial corresponde a um tipo de raciocínio com base em elementos visuais ou espaciais, mentais ou físicos, que visa a resolução de problemas ou a demonstração de propriedades. Com vários pontos comuns com a visualização, este tipo de raciocínio tem vindo a ser progressivamente valorizada na literatura e na investigação na área da Educação Matemática, havendo ainda várias outras áreas em que a sua mobilização é considerada de grande relevância. Em Matemática, a geometria é o campo mais natural para o desenvolvimento do raciocínio espacial por lidar com objetos que têm uma representação figurativa em que a organização espacial é determinante. Contudo, qual é o papel deste tipo de raciocínio na aprendizagem da Matemática? Em que processos matemáticos poderá ser mobilizado? Constituirá apenas um apoio à intuição ou tem intervenção num plano mais formal? Como se liga com a compreensão de conceitos e propriedades? Nesta conferência proponho uma análise e discussão de algumas destas questões, com particular incidência nos processos de generalizar e justificar em geometria, e recorrendo a exemplos de tarefas e resoluções de alunos de diferentes ciclos de ensino.

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Lina Brunheira é professora na Escola Superior de Educação de Lisboa desde 2012. Tem trabalhado nos últimos anos na formação inicial de professores e educadores de infância, contexto onde desenvolveu o estudo de doutoramento dedicado ao raciocínio geométrico. Foi professora do 3.º ciclo e ensino secundário durante vários anos, tendo-se dedicado também à formação inicial e contínua de professores daqueles ciclos de ensino. É sócia da APM (desde o tempo de estudante em formação inicial…) e diretora da revista Educação e Matemática da Associação.

CP 01
CP 02

CP 02 - O Estudo de Aula como processo de desenvolvimento profissional de professores de Matemática em Portugal e no Brasil

Quinta-feira, 11 de julho, 14 h 45 min - 15 h 45 min

Ginásio

GERAL

 

 

Adriana Richit, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Campus de Erechim  - Erechim, RS

adrianarichit@gmail.com

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Marisa Quaresma, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

 mq@campus.ul.pt 

 

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Resumo

 

O estudo de aula é um processo de desenvolvimento profissional originário do Japão que nas últimas duas décadas tem se disseminado ao redor do mundo. No estudo de aula, os professores trabalham em conjunto com o objetivo comum de contribuir para a reflexão e resolução de um problema sobre o ensino e a aprendizagem. É um processo colaborativo e reflexivo centrado na prática diária dos professores, mas foca-se na aprendizagem dos alunos e é orientado pela e para a investigação. Um dos maiores desafios da implementação do estudo de aula é compreender como pode ser adaptado a outras culturas. Nesta conferência vamos apresentar dois estudos de aula realizados em países diferentes. O primeiro foi realizado em Portugal com professoras do 2.º ciclo do Ensino Básico, com foco no ensino-aprendizagem dos números racionais. O segundo foi realizado no Brasil com professores do ensino médio, centrado no estudo da função quadrática. As experiências apontam principalmente para aspetos relacionados às aprendizagens profissionais dos professores, com ênfase para o conhecimento didático.

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Adriana Richit é doutora em Educação Matemática. Realizou pós-doutorado em Didática da Matemática no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Professora nos Programas de Pós-gradução em Educação e Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS, nos quais leciona disciplinas relacionadas à formação de professores. Possui produção intelectual no campo da educação matemática, publicados em periódicos nacionais e internacionais. Desenvolve pesquisa nos temas relacionados à formação de professores, tecnologias digitais em educação e tópicos específicos da educação matemática, tais como estudos de aula, tecnologias no ensino e aprendizagem da matemática.

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Marisa Quaresma é doutora em Educação na especialidade de Didática da Matemática e assistente convidada no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Nos últimos anos, tem lecionado disciplinas de Didática da Matemática e Metodologias de Investigação no Mestrado em Didática da Matemática. É (co) autora de alguns artigos publicados em revistas, capítulos de livros e comunicações, tanto a nível nacional como internacional. As suas áreas de interesse são o desenvolvimento profissional de professores, em especial o estudo de aula, o ensino e a aprendizagem dos números racionais e o desenvolvimento do raciocínio matemático dos alunos.

CP 03

CP 03 - O que é a Matemática? — Uma questão vaga à procura de boas respostas

Sexta-feira, 12 de julho, 14 h 45 min - 15 h 45 min

Ginásio

GERAL

 

 

António Fernandes, Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

amfernandes@netcabo.pt

Resumo

 

Porquê ensinar Matemática? e Como ensinar matemática? são exemplos de perguntas que dependem de respostas a uma questão ainda mais fundamental: O que é a Matemática? Respostas a esta questão são inevitavelmente alicerçadas em aspectos parciais e, nessa medida, pouco úteis por si só enquanto instrumentos de ação e decisão. Ilustraremos o facto de a Matemática ser um organismo vivo, não apenas em permanece evolução mas sobretudo, em permanente diversificação. Defender-se-á a ideia de que, é na procura daquilo que é invariante e que, poderá argumentar-se, constitui a essência da atividade matemática, que se poderão encontrar as respostas para as questões iniciais. A conferência não fornecerá respostas, antes espelhará as inquietudes do conferencista. Em tempos em que os mais competentes se ocupam com respostas, muitas vezes as perguntas ficam a cargo daqueles mais à mão, e este é o espírito da conferência.

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António Fernandes integra o Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico. Tem lecionado diversas disciplinas, quer aos primeiros anos (Álgebra Linear e Análise Matemática), quer a disciplina avançada de Teoria de Conjuntos (esta, enquanto curso livre). A sua área de investigação enquadra-se no âmbito da Lógica e Fundamentos da Matemática, mais precisamente a teoria de conjuntos (teoria dos modelos internos, estrutura fina e forcing).

CP 04

CP 04 - O Professor e a escola concentracionária

Sábado, 13 de julho, 11 h 30 min - 12 h 30 min

Ginásio

GERAL

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João Ruivo, Instituto Politécnico de Castelo Branco

ruivo@ipcb.pt

Resumo

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A erosão da profissionalidade docente face aos constrangimentos da globalização dos mercados, à digitalização dos procedimentos, à confrontação com as novas gerações de nativos digitais e aos desafios da sociedade do conhecimento. A desatualização permanente e a inevitabilidade da aprendizagem ao longo da vida. Os processos de mudança e de reconversão profissional. O papel do Estado e das famílias na promoção de uma escola concentracionária em Portugal. As consequências do demissionismo “anómico” dos docentes, provocado por uma endogamia esclerosante, decorrente do envelhecimento da classe e da sua não renovação. Assumir como objetivo estratégico a necessidade de abolir as lideranças tóxicas e fazer emergir novos líderes nas instituições escolares, com recurso à inteligência emocional.

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João Ruivo é Doutor em Teoria e História da Educação, Mestre em Organização e Análise do Ensino e Licenciado em Ciências Antropológicas. Tem mais de uma dúzia de livros publicados, colaboração em vários “International Handbooks” e elaborou um número significativo de artigos científicos. Dedicou-se, nas últimas quatro décadas, à investigação sobre a supervisão das organizações escolares; sobre a formação inicial e permanente dos docentes; sobre a administração e gestão educativa e sobre as tecnologias da informação e da comunicação. No Ensino Superior, Politécnico e Universitário, exerceu funções de Vice-presidente de Instituto Superior, Diretor de Escola Superior, Presidente de Conselho Científico, Presidente de Conselho Pedagógico, Diretor de Departamento, Coordenador de Mestrados e Coordenador de projetos de investigação. É avaliador Externo do Instituto Politécnico de Macau, colabora com as Universidades Espanholas da Extremadura (UEX) e de Salamanca (USAL) em atividades relacionadas com doutoramentos em educação e integra o Centro de Investigação CICS.NOVA.

CP 05

CP 05 - Recomendações para o ensino da Matemática

Sábado, 13 de julho, 16 h 15 min - 17 h 15 min

Ginásio

GERAL

 

 

Jaime Carvalho e Silva, DM-FCT, Universidade de Coimbra

jaimecs@mat.uc.pt    

Resumo

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O Secretário de Estado de Educação criou em finais do ano passado (desp. n.º 12530/2018) um “Grupo de Trabalho de Matemática” (GTM) para analisar o insucesso nesta disciplina e propor recomendações para o seu o ensino, aprendizagem e avaliação. Para levar a cabo esta missão foi proposta a realização de uma análise da evolução recente dos resultados dos alunos em Matemática a nível nacional e internacional, bem como das consequências das medidas que têm vindo a ser tomadas para a melhoria das aprendizagens e das metodologias de ensino e de avaliação nesta disciplina. Nesta conferência prevemos apresentar os principais resultados do trabalho efetuado, com menção ao ponto da situação resultante da análise realizada e aos principais contributos e conclusões da auscultação pública efetuada a esse respeito, contemplando igualmente as recomendações daqui extraídas para o ensino, aprendizagem e avaliação na disciplina de Matemática.

CANCELADA*

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Jaime Carvalho e Silva é professor há 40 anos do DM da FCTUC da Universidade de Coimbra, membro eleito do Conselho Científico do DM, Coordenador do Centro de Competência TIC "Softciências", membro do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Martim de Freitas. Foi eleito membro da Comissão Executiva do ICMI para o triénio 2007-2009 e Secretário-Geral para o triénio 2010-2012. Coordenou, em 1995 e 2001 as Equipas Técnicas que propuseram os programas de Matemática para o Ensino Secundário de 1997 e de 2003. É autor de manuais de Matemática para o Ensino Básico, Secundário e Superior. É autor de manuais de Matemática para o Ensino Básico, Secundário e Superior. Mantém a página pessoal http://jaimecs.net.

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* A Organização foi informada que o Relatório do Grupo de Trabalho de Matemática com as Recomendações está sob reserva.

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